quarta-feira, 30 de junho de 2010

89#

"Um homem sem estudos é igual a um boi: pode-se colocar o jugo nele, mandar para o matadouro, e ele apenas abana o rabo." (GÓRKI, Ganhando Meu Pão)

domingo, 27 de junho de 2010

88#

Movimento de Primavera - Alexandre Guerra



Eu que fiz!

sábado, 26 de junho de 2010

87#

apenas 25... 25 dias para 21/07... 25 dias para 25 anos... parece até uma metáfora... 25 anos em 25 dias, 25 dias em 25 anos... daqui a 25 dias eu completarei 25 anos... jubileu de prata... bodas de existência... se eu tiver muita sorte e saúde será um quarto de minha vida, se eu tiver uma aposentadoria razoável, um terço talvez... se minha vida for sofrida, calos de trabalho forçado, ossos fracos de desnutrição, talvez nem chegue aos 50... se essa tristeza e melancolia continuar, nem aos 25 chego.
hoje é sábado... que isso importa para mim, se todos os dias são iguais?
estou de férias... que isso importa, não tenho dinheiro para viajar?
pô, mas hoje é sábado, tô fazendo o que em casa? cara, não gosto de sair só, amigos não tenho, dinheiro não tenho, tenho as pernas, mas não tenho vontade, tenho mãos, mas não tenho forças...
quem tem fé nunca fica só... a fé não remove montanhas, a fé nos ajuda a abrir estradas e atravessá-las... Deus é eterno, tudo passará... os céus e a terra, os planetas, o universo, talvez tudo deixe de existir, mas Deus ainda assim existirá, ele é a própria existência, a força que une todas as coisas...
olhe para o problema, ria dele, escarneça dele, esmague-o... Deus é infinitamente maior que toda angústia...
mas infelizmente... passa-se os anos, e como demora essa angústia passar...

86#



“Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa.”
(Antoine de Saint-Exupéry)

sexta-feira, 25 de junho de 2010

85#

Erik Satie - Gmynopedie No. 1


...
O outono se foi, levou consigo as folhas... e os pensamentos que se dissiparam no vento...

84#

Kiss the Rain
Yiruma



Adoro chuva...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

83#



Se Essa Rua Fosse Minha
Cantigas Populares

Se essa rua
Se essa rua fosse minha
Eu mandava
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas
Com pedrinhas de brilhante
Só pra ver
Só pra ver meu bem passar

Nessa rua
Nessa rua tem um bosque
Que se chama
Que se chama solidão
Dentro dele
Dentro dele mora um anjo
Que roubou
Que roubou meu coração

Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
Tu roubaste
Tu roubaste o meu também
Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
Foi porque
Só porque te quero bem

domingo, 20 de junho de 2010

82#

"Há pessoas que querem ser bonitas para chamar atenção, outras desejam a inteligência para serem admiradas... Mas há algumas que procuram cultivar a alma e os sentimentos; essas alcançam o carinho de todos, porque além de belas e inteligentes tornam-se realmente pessoas"

Desconhecido...

coletado no pensador

sábado, 19 de junho de 2010

81#

um amigo me contou, que em uma de suas visitas a um país distante, ele se encantou com a tamanha beleza das montanhas, dos vales, das ruas estreitas de pedras, dos vilarejos perdidos no interior do país... com a beleza de lugares parados no tempo... ele se defrontou com imensas construções, palácios requintados, fachadas adornadas com esculturas, relevos, portas suntuosas, janelas que se debruçavam para a rua... contou-me ele que um dia, já cansado por tanto andar pelos caminhos do Reino de Além-mar, avistou no alto de uma montanha, uma construção simplória, um castelo medieval, uma edificação que ele me deu conhecimento como caixotão (sic)... já estava, o meu amigo, ofegante, cansado, arfando de calor, ele pensou, o que haveria de interessante naquela construção, feia, rústica, arquitetura sólida, rochosa... ele, cujo olhos havia presenciado tanta beleza, tanta graça... estava tentado em desvendar o segredo do velho castelo... mesmo cansado, subiu a montanha... e aos poucos, foi chegando na velha porta que dava acesso ao interior da construção... da porta pra fora... não havia surpresa... era exatamente como ele havia me detalhado... porém, ao atravessar a porta... boquiaberto, ainda com emoção, ele relatou que não havia visto nada igual em toda a sua vida... fica até difícil para mim reproduzir o entusiasmo e as palavras usadas por ele para descrever a beleza do interior do castelo... meu amigo me disse que havia em todas as paredes da edificação, revestindo-as, uma espécie de biscuit formando desenhos riquíssimos, como floreios, rendas, algo parecido... no meio do castelo havia um jardim interno, com fontes e palmeiras, todo ele se abria para este átrio... no chão, pequenos dutos transportavam água, refrescando o ambiente... grandes colunas em forma de palmeiras se uniam formando arcos... e assim sustentando toda a estrutura da construção... ele ficou maravilhado e surpreso... e feliz, digo eu, por ter descoberto esta rara beleza... ele me disse, que o castelo havia sido construído por um povo muito antigo, um povo que valorizava em demasia a beleza interior... isso explicava a simplicidade da fachada e a beleza que se guardava atrás da porta... precisa falar mais alguma coisa?

sexta-feira, 18 de junho de 2010

80#


José de Sousa Saramago (Azinhaga, Golegã, 16 de Novembro de 1922 — Lanzarote, 18 de Junho de 2010)

JOSÉ
(Carlos Drummond de Andrade)

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,

seu terno de vidro, sua incoerência,
seu ódio - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, pra onde?

79#

Descanse em paz, Zé...
Sara a ferida mago das letras
Atravessa os portões, abertos eles estão...
Caminhe por terras que não precisam de visão...

terça-feira, 15 de junho de 2010

78#

LEMBRANÇA
(Dalva de Oliveira)

Se tu queres uma lembrança de mim
pede-me agora
pois vou partir
e pode ser que por aqui não volte nunca mais
se tu queres uma lembrança de mim
pede depressa
pra que eu te deixe o coração
que no meu peito não se cansa de chorar
eu, sim, quero uma lembrança de ti
um doce beijo
um beijo ardente como o sol
que queime toda esta ansiedade
de amor
um beijo teu
um doce beijo
é uma lembrança que jamais
esquecerei
eu, sim, quero uma lembrança de ti
um doce beijo
um beijo ardente como o sol
que queime toda esta ansiedade
de amor
um beijo teu
um doce beijo
é uma lembrança que jamais
esquecerei

77#

às vezes, quase sempre, quando estou indo trabalhar, no trem lotado, na minha mente muitos pensamentos aparecem... olho pra janela, vejo as montanhas do parque do Pico do Jaraguá, a paisagem muda, e barracos que se atropelam tentando ocupar o mesmo lugar aparecem, ora surge o vazio de um terreno ocupado pelo mato e por eucaliptos... e eis que em 40 minutos, um bom tempo, amassado pela multidão... fico imaginando muitas coisas... meu futuro, o que estarei fazendo daqui há 10 anos... sei que o futuro é ilusão... mas como evitar imagina-lo... fico pensando quantas pessoas de hoje farão parte do meu cotidiano do futuro... quantas pessoas novas conhecerei...se entre estas pessoas encontrarei uma para amar...
uma vez, uma professora leu minha mão, ela conhecia quirologia, disse-me que eu possuia muitas estrelas nas mãos, que eu seria bem sucedido, porém que até os 30 anos, viveria muitas atribulações... eu bem sei disso...

domingo, 13 de junho de 2010

76#

fui no teu bairro, talvez tenha passado na tua rua, mas meu Deus, como esta cidade é grande. por um momento dizemos que o mundo é um ovo, de codorna ou de avestruz? não sei onde você vive, só sei que é em alguma fenda desta fortaleza de cimento... quem tem boca vai a roma, não precisaria ir tão longe assim... só me era necessário saber em qual viela, alameda, via, avenida, rua você se esconde de mim.

75#

O Patrão Nosso de Cada Dia
Secos & Molhados

Eu quero o amor da flor de cactos, ela não quis
Eu dei-lhe a flor de minha vida, vivo agitado
Eu já não sei se sei de tudo ou quase tudo
Eu só sei de mim, de nós, de todo mundo
Eu vivo preso à sua senha, sou enganado
Eu solto o ar no fim do dia, perdi a vida
Eu já não sei se sei de nada ou quase nada
Eu só sei de mim, só sei de mim, só sei de mim
O patrão nosso de cada dia, dia após dia
O patrão nosso de cada dia, dia após dia
O patrão nosso de cada dia, dia após dia
O patrão nosso de cada dia